Saudações pedrianas a todos os atletas e adeptos do CdP.
A 5ª jornada da 3ª edição da Taça Bernardino resultou num trambolhão estrondoso para o nosso querido clube. 10-1... 11-1... que importa?...
Foi com este espírito de resignação - mas inconformada - que os jogadores abandonaram o terreno após o apito final. A equipa até começou bem no capítulo da organização. Aos 15 minutos apenas perdiam 1-0, mas foi a partir desse momento que as forças começaram a faltar, bem como o discernimento para construir jogadas com confiança e solidez. Ao intervalo, registava-se um eloquente 5-0 (ou 6-0, como quiserem...), com os atletas incrédulos no marcador, embora tenham lutado acima das suas forças até ao fim.
Apenas 4 ocasiões perigosas construídas em todo o jogo espelham bem a dificuldade em ultrapassar os velozes e mais bem preparados tertulianenses, embora durante alguns períodos de jogo, se tenha registado um equilíbrio no pêndulo das iniciativas atacantes, com a consequente resposta positiva dos sectores defensivos.
A cumprir jogo de castigo, forçado ao exílio em temperaturas negativas, o capitão Bernardino orientou a equipa por e-mail / newsletter e sms, uma medida sempre inovadora na comunicação com os atletas. Este clube continua a não desiludir os amantes da criatividade.
Assim, Jesus e Nobre tomaram as rédeas da equipa rumo ao trambolhão, qual avalanche laranja sobre as entorpecidas unidades do clube graciano.
Mas nem tudo foi mau. O jogador Paulo Vale continua a progredir no terreno com coragem, ao enfrentar os adversários em drible e corrida; Rui Carmo impõe o seu físico, e enfrenta destemidamente as despesas da organização do ataque. O Pedro Pacheco continua a treinar a recepção de bola e remate poderoso à meia-volta, o Nobre tem estado muito bem a preencher os espaços no campo, e tem participado mais na construção das jogadas, o Miguel já consegue defender melhor com as mãos, e o Jesus aprendeu a parar os adversários mais rápidos à cacetada. A equipa está mais madura, portanto.
Uma palavra de apreço ao Nuno Gelpi, que amavelmente e com entusiasmo respondeu afirmativamente, ensonado, a um convite do Jesus para preencher o lugar órfão do meio-campo, deixado em aberto pela ausência do capitão. Aos 5 min da segunda parte, Nuno Gelpi no máximo das suas forças, acorreu a um passe de morte do Pacheco, numa investida iniciada pelo expedito Paulo, e concretizou um golo em esforço, com muito sangue (na zona frontal da tíbia, ainda em tratamento), suor e lágrimas de alegria partilhada por toda a equipa. Este reforço de última hora, resgatado de outras competições de futebol 7, assinou o único golo da equipa alvi-negra. Embora o registo de algum desacerto com os colegas (natural e generalizado), adaptou-se gradualmente aos esquemas tácticos utilizados pela equipa (3-2-1 na primeira parte; 2-3-1 na segunda).
A tarde até estava boa para a prática da modalidade, embora o calor ainda se fizesse sentir naquele horário, o que ajudou a desgastar ainda mais os proto-atletas deste clube.
De referir que a convocatória sofreu uma alteração de última hora, que lançou alguma confusão nos serviços de secretariado do clube. Houve um equívoco da organização em relação à hora do encontro, e que, graças à tecnologia celular, ao espírito de dupla-confirmação, e à capacidade de despertar dos atletas, permitiu ao clube conservar os pontos que detinha, que se revelaram preciosos (os 7-1 sobre o Casal United...) nas contas finais. Conseguiu apresentar um 7 à hora marcada, apesar da latente ameaça de falhar... até o Paulo teve um furo num pneu a caminho do jogo... foi mesmo uma tarde para recordar, a conquista de um lugar na final foi mesmo "a ferros"...
Contudo, é nítida a falta de "pulmão" da equipa na ausência das unidades mais fortes, por demais evidente quando os adversários impõem a sua velocidade e objectividade.
Outro aspecto a melhorar é o discernimento na construção das jogadas. Muitas percas de bola a meio-campo são fatais...
Mas as boas notícias é que a equipa continua a esforçar-se por praticar bom futebol, e conseguiu algumas combinações apreciáveis. É preciso não esquecer que os tertulianenses sabem agitar bem as unidades em campo... e ganharam indiscutivelmente com mérito.
O resultado foi dilatado também por motivo de falta de concentração na defesa do CdP, e falta de pressão no meio-campo contrário... o que permitiu a fácil penetração do adversário em investidas perigosas... e materializadas no resultado expressivo que se veio a verificar.
O Clube da Pedra irá defrontar de novo o Tertulianense no próximo dia 1 de Março às 18h, num jogo que se prevê escaldante, uma final em que ambas as agremiações participam pela primeira vez.
Graças à surpreendente vitória por 5-2 do Casal United sobre os Minis FC, o Clube da Pedra está, contra todas as previsões, na final da taça! O mérito é a preserverança e espírito de sacrifício, a Unidade. O planeta vai parar para mais este embate. Já sabemos que o futebol não é uma ciência exacta, e que estão convocados todos os jogadores para o assalto ao primeiro troféu oficial do clube.
Parabéns ao Clube da Pedra. O esforço teve a sua recompensa: um lugar no pódio!
Foram os mais saborosos 3 pontos conquistados na história da competição, com alguma ironia à mistura, mas com muito humor e boa disposição também.
Os pupilos do Mister Bernardino acabaram por conseguir cumprir este jogo importante com todos os elementos em campo, e essa foi a verdadeira vitória: o amor à camisola deste grande clube. A não perder, portanto, o capítulo seguinte na caminhada até à conquista da taça!
FORÇA CLUBE DA PEDRA!
1 comentário:
A equipa do Tertulianense deseja ao Clube da Pedra felicidades para a final e que , possamos, acima de tudo, reforçar o espirito excelente que existe na Taça / Liga Bernardino. Da nossa parte vamos para ganhar e que seja um grande jogo. Grande abraços e saudações bernardinianas.
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